quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Inefável

Tenho passado por dias estranhos ultimamente, tenho sentido falta do drama, sentido falta de ser crescida o suficiente pra ter outras prioridades. Às vezes fico pensando se ser tão parecida com partes de minhas personagens é algo maravilhoso, ou só esquisito. Abro as páginas de meus livros e me acho entre minhas próprias palavras. O mais estranho é quando as outras pessoas olham pra mim e dizem: "poxa, esse livro é a minha cara" - sinto finalmente que sou parecida com as outras pessoas, que tenho um pouco de cada uma delas.
A Annie tem essa parte de nós que quer ser criança pra sempre, que divide no mesmo espaço limitado do cérebro pensamentos infantis e adultos, porque na verdade, assim como nós, ela leva essa descarga de realidade que surge de repente, e tenta tão incansavelmente fugir dela que acaba se perdendo.
Não quero que pareça pretensão quando digo que cada um de nós já teve aquele amor que a gente sempre acha que é tão errado que prefere nem arriscar. Já a anos que penso nisso, penso se vou passar o resto da vida remoendo essa história em mim. O que será que a Annie fez com esse amor? Ela conseguiu fazê-lo dar certo?

4 comentários:

  1. Annie realmente tem aquele lado de todos nós que quer ser criança e ser protegida sempre, prefere fugir em situações ruins pra não enfrentá-la. Mas em outros momentos elas enfrenta as dificuldades e corre atrás do que quer.
    Recomendo à todos, o livro é muito bom de verdade. Me surpreendi por uma menina tão nova escrever algo tão bem fundamentado e interessante. Julie é um gênio !

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  2. Poxa, Ariane, valeu a força! Fico feliz que vc gosta tanto!

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  3. Digo o mesmo Ariane, essa menina é uma ET, vamos ser sinceras, kkkk' Eu já disse pra ela mas enfim, num me canso de falar, esse livro pra mim foi o melhor que eu já li na vida. Pode me chamar de criança, e de garota iludida mas nem ligo, ele me ajudou a ainda ter fé nas pessoas.

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  4. Ele me ajudou a sacar que tem aquela pessoinha ao seu lado da qual você sempre acha que é errada e na verdade nem é. Me ajudou a ver que falta em mim a fé nas pessoas. haha

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